Nutrição consciente: como manter o equilíbrio entre fome física e fome emocional

Você alguma vez já se pegou abrindo a geladeira tarde da noite, buscando por algo que nem mesmo sabia direito o que era? Se a resposta for sim, você provavelmente já experimentou o que a nutricionista Priscila Gontijo da Puravida chama de “fome de besteira”. Afinal, esse tipo difere muito da real necessidade fisiológica de comer e entender essas diferenças pode ser a chave para uma vida mais equilibrada.

“Fome de Besteira”

Segundo Priscila Gontijo, “a fome de besteira é essencialmente emocional, além de ser caracterizada pela ausência de sintomas físicos. Normalmente, ela é desencadeada por algum aspecto emocional, como raiva, tristeza, angústia, ansiedade entre outros”, explica.

Assim, entender os sinais do corpo é crucial para distinguir entre esses dois tipos de fome. Priscila ressalta a importância de manter uma dieta equilibrada com todos os nutrientes indispensáveis para o organismo, como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e fibras.

“Não existe um alimento que contenha todos os nutrientes necessários para uma boa saúde. Portanto, devemos variar ao máximo a nossa dieta, para que o organismo possa absorver os mais diversos nutrientes, tendo moderação e qualidade. Essa última questão significa que devemos priorizar alimentos que contenham vitaminas, minerais e fibras, ao mesmo tempo que diminuímos o consumo das chamadas calorias vazias que carregam altos níveis de açúcares”, explica a nutricionista.

Estratégias para controlar a “fome de besteira”

Uma das melhores maneiras de controlar a “fome de besteira”, de acordo com Priscila, é manter a geladeira e a despensa cheias de opções saudáveis. Frutas, legumes e outros alimentos ricos em nutrientes são excelentes substitutos para snacks menos saudáveis”.

Portanto, ela também sugere desviar a atenção para outras atividades como ler um livro, fazer exercícios ou até mesmo sair para um passeio. “Quando a fome é emocional, mudar o foco frequentemente resolve o problema”. Priscila Gontijo oferece algumas dicas para identificar os dois tipos de fome:

Fome fisiológica

  • Sintomas como estômago roncando, dor de cabeça, fraqueza;
  • Nenhuma vontade específica de um determinado alimento;
  • A capacidade de esperar para comer;
  • Fome persistente com sinais contínuos;
  • Controle sobre quando você está saciado;
  • Geralmente, não leva a sentimentos negativos como culpa.

Fome emocional

  • Surge repentinamente;
  • Associada ao prazer ou ao conforto emocional;
  • Desejo específico por um tipo de alimento, geralmente algo doce ou salgado;
  • Desaparece quando se envolve em outra atividade;
  • Dificuldade para parar de comer uma vez que se começa;
  • Pode resultar em sentimento de culpa ou frustração.

A nutricionista alerta que a “fome de besteira” constante pode ser um sintoma de um transtorno mais sério, como a compulsão alimentar, que deve ser diagnosticada e tratada por profissionais, ou até mesmo desnutrição. “O nosso organismo precisa de vitamina A, C e DB12, além de boas doses de magnésioferro e cálcio. Sobre as vitaminas, consigo citar a necessidade de suplementar as vitaminas do complexo B, por exemplo, pelo menos em doses baixas, e com atenção especial a vitamina B12 que a maioria das pessoas tem deficiência, mesmo aquelas que não são veganas. Sobre os minerais, o magnésio é um dos mais importantes e pouco falado. Ele ajuda a melhorar a absorção de cálcio, além de auxiliar no controle do diabetes, pressão arterial e outras patologias”, finaliza.

Fonte: assessoria de imprensa