Especialista aponta as tendências para o mercado de cafés

Depois da água, o famoso cafezinho é a bebida mais consumida no Brasil. Segundo dados da ABIC, em 2022, o consumo de cafés no País chegou a 4,77 kg per capita. Isto equivale a mais de 820 xícaras de café no ano e coloca o Brasil na 15ª posição entre os países que mais consomem a bebida no mundo. A Mastersense revela as tendências e oportunidades a se explorar neste segmento de bebidas, tanto nas cafeterias quanto em produtos industrializados.

Segundo a Mintel, (empresa global de inteligência de mercado), desde a pandemia, o consumo do café em casa aumentou. Mas ao mesmo tempo, os consumidores sentiram a necessidade de atrelar a categoria a experiências sensoriais. Agora, num período pós-pandêmico, a busca por esses momentos prazerosos retorna com força e, principalmente, aliado ao perfil de consumidor da geração Z. Nascidos entre 1995 e 2010, esta geração vem sendo chamada de “geração da experiência”.

Neste cenário, Fernando de Jesus, Gerente de Marketing e Inovação da MasterSense, diz que existem oportunidades para as marcas inspirarem inovação em bebidas mais premium. Um exemplo é trazer o sabor e indulgência que muitas vezes o consumidor encontra em cafeterias para que ele consuma dentro da sua própria casa.

“O segmento de cafés vem sofrendo cada vez mais a influência do mercado de confeitaria – movimentação que já podemos observar há algum tempo. Alguns produtos transcenderam a confeitaria e impactaram diretamente uma vasta gama de categorias”, diz Fernando.

Um exemplo disso é a Melitta que, em 2021, contou com o apoio da Master no desenvolvimento de novos sabores. “Nestes projetos, a MasterSense apoiou no desenvolvimento e formulação dos projetos. Utilizando ingredientes que promovem a formação de espuma e cremosidade, além dos novos aromas”, conta Fernando.

Bebidas ready to drink (Prontas para beber)

Outra alta crescente também pode ser vista nas bebidas ready to drink (RTD – prontas para beber) de base café. Segundo dados da Mintel, 48% dos consumidores desta categoria nos EUA buscam sabores mais indulgentes. Assim, seguindo ainda a influência da confeitaria. Isso se alia também ao forte movimento dos cafés gelados. Eles chegam ganhando muito espaço principalmente na geração Z devido às novas experiências que podem proporcionar.

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Oportunidades na Indústria

Segundo a Mintel, a busca de experiências em diferentes momentos do dia, mostra que o café está nas top 5 categorias (em produtos de consumo rápido) que os consumidores brasileiros mais gostam de ver edições limitadas. “Isso acaba refletindo muito no mercado B2C também e se alia também ao forte movimento dos cafés gelados, que chegam ganhando muito espaço principalmente na geração Z”, explica Fernando.

Muitas vezes, a escolha pelo perfil da bebida está correlacionada com a motivação e consequentemente com o momento de consumo. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), 98% dos brasileiros que consomem café alegam que o fazem pela manhã, 79% após o almoço e 64% durante a tarde. E justamente estes momentos de consumo são impulsionados pelas principais motivações, sendo elas a melhora do humor/disposição com 57%, o momento de prazer/bem-estar ou como um “ritual” com 39% e, por fim, como um momento de pausa/reflexão e paz com 37%).

“O consumidor demonstra que tem uma relação emocional e afetiva com o produto e que o costume de beber café é um dos prazeres da vida, além de uma forma de melhorar o humor e a disposição”, diz Fernando.

Fonte: assessoria de imprensa