Neste sábado, 7 de junho, é celebrado o Dia Mundial da Segurança Alimentar, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de ampliar a conscientização sobre a importância do consumo de alimentos seguros para a saúde, segurança sanitária e o desenvolvimento sustentável.
“Há certa confusão entre “segurança alimentar” e “segurança dos alimentos”, chama a atenção o Prof. Dr. Durval Ribas Filho – Médico Nutrólogo, Fellow da The Obesity Society – TOS (USA), Presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) e docente da pós-graduação CNNUTRO.
“É preciso diferenciar esses dois assuntos, sempre em pauta por conta do grande número de pessoas que passam fome ou se alimentam mal. Ambos impactam diretamente na qualidade de vida e estão atrelados a fatores externos como renda, meio ambiente e produção.”
O especialista explica que “segurança alimentar” se refere ao direito de todos à alimentação adequada. Nesse sentido, atualmente, a disponibilidade e a acessibilidade aos alimentos são desafios globais de saúde pública, essenciais para garantir o mínimo de condições nutricionais e uma vida saudável e, promover a segurança alimentar também é uma responsabilidade coletiva. Assim, nesse contexto é que se insere o conceito de “segurança dos alimentos” (ou Food Safety), expressão associada à garantia da qualidade dos alimentos ao longo de toda a cadeia de produção — do campo à mesa”.
E quais os cuidados que as pessoas precisam tomar no dia a dia?
1.Atenção aos riscos para a saúde
É essencial — do campo à mesa — adotar ações de controle de agentes contaminantes que, ao entrarem em contato com alimentos, podem gerar riscos à saúde.
Esses agentes podem ser: Químicos, como resíduos de agrotóxicos, produtos de limpeza e metais pesados; Físicos, como fragmentos de insetos, plásticos, pedras ou vidro; Biológicos, como microrganismos patogênicos (bactérias, vírus e parasitas).
2.Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs)
Podem se manifestar como um simples mal-estar digestivo ou evoluir para intoxicações alimentares graves.
bem como, ocorrem quando os alimentos ou a água utilizada no preparo estão contaminados e atuam como veículo para transmissão de bactérias, vírus, parasitas ou toxinas.
Desse modo, as infecções mais comuns são: salmonelose, hepatite A, toxoplasmose e cólera.
Assim, os sintomas variam de acordo com o agente causador, a toxina, o organismo de cada pessoa e a quantidade ingerida: náuseas, vômitos, diarreia (com ou sem febre), dor abdominal, dor de cabeça, visão turva e olhos inchados são alguns exemplos.
3.Higiene em primeiro lugar
Lavar bem as mãos antes de preparar ou consumir alimentos.
Frutas, legumes e verduras devem ser higienizados com água potável ou solução sanitizante (como hipoclorito).
Manter limpos todos os utensílios, equipamentos e superfícies da cozinha utilizados no preparo dos alimentos.
4.Armazenamento adequado
Então, siga as orientações de armazenamento indicadas para cada tipo de alimento.
Alimentos perecíveis devem ser conservados na geladeira ou freezer, em embalagens adequadas e pelo tempo correto.
Temperaturas ideais: geladeira entre 0 °C e 5 °C; freezer abaixo de –18 °C.
Evite a contaminação cruzada: separe alimentos crus de alimentos prontos para o consumo.
5.De olho no preparo
O cozimento adequado é fundamental, especialmente para carnes, ovos e outros alimentos de origem animal.
Quando possível, monitore a temperatura interna dos alimentos — o ideal é que atinja acima de 70 °C.
6.Validade e procedência
Sempre verifique a data de validade antes de comprar ou consumir.
Dê preferência a alimentos com selo de inspeção sanitária (SIF, SIM etc.).
Evite produtos com embalagens danificadas, lacres rompidos, estufadas ou com cor, textura ou odor suspeitos.
7.Não desperdice
Faça compras planejadas para evitar excessos.
Aproveite partes dos alimentos normalmente descartadas, como talos, cascas e sementes, em receitas criativas.
Apoie iniciativas de doação de alimentos e combate à fome.
Fonte: assessoria de imprensa