Endocrinologista revela mitos e verdades sobre óleo de coco na dieta
Óleo de coco Foto: Pixabay

Extraído de uma das frutas mais nutritivas de nosso cardápio, o óleo de coco é utilizado para temperar pratos, cozinhar e até mesmo ser usado para estética. Assim como hidratação capilar e corporal, já que seus componentes antioxidantes ajudam a retardar os radicais livres que causam o envelhecimento precoce das células.

Com tantos benefícios, fica difícil acreditar que o óleo de coco não seja saudável. Entretanto, a médica Bruna Laudano Manes, especialista em endocrinologia, do Instituto Santa Rosa, alerta: “É preciso ter muito cuidado ao incluir o óleo de coco na dieta”.

Assim, a especialista ressalta que o uso da iguaria é uma boa alternativa na alimentação, mas é preciso ter cuidado no consumo, para assim poder usufruir melhor os componentes dele. “É bom lembrar que o óleo de coco é um tipo de gordura saturada. Ou seja, ele causa o entupimento das veias, aterosclerose, aumento do colesterol, obesidade e problemas cardíacos. Se usado em pequenas quantidades, os benefícios serão visíveis”, diz ela que também acrescenta:

“Agora, se usado de maneira exagerada, problemas com obesidade podem surgir. Esse tipo de gordura, de fato, é processado com maior rapidez, já que é rico em triglicerídeos de cadeia média. Mas também causa o acúmulo de gordura no corpo, caso a ingestão calórica seja maior do que o gasto”, explica a médica.

Nem todos podem consumir o óleo de coco

Os triglicerídeos são as principais gorduras do nosso organismo e estão presentes em vários alimentos, especialmente nos alimentos ricos em carboidratos. Em relação ao óleo de coco, já que a iguaria possui um alto índice, a doutora Bruna Manes explica que, “o consumo contínuo estimula a maior produção de LDL (Lipoproteínas de baixa densidade), que transportam o colesterol do fígado as células. Isso é prejudicial ao coração, e reduz o HDL (Lipoproteínas de alta densidade), que faz o inverso”.

Nesse sentido, a médica faz um alerta para as pessoas que têm problemas cardiovasculares e colesterol alto: “Não é recomendado, pois é uma gordura saturada que eleva, principalmente, a produção do colesterol ruim que ameaça a saúde. Ele também não deve ser usado ao fazer qualquer tipo de fritura”, finaliza.

Confira agora dois mitos e verdades sobre o óleo de coco

Quem optar por substituir o óleo de coco, pode fazê-lo por azeite?

Bruna Manes: O azeite é rico em ômega 9, uma gordura saudável que beneficia a saúde cardiovascular e a redução do colesterol. Já o óleo de coco possui gordura saturada que, apesar de ser de mais fácil absorção, não possui nutrientes para o organismo.

O óleo de coco proporciona saciedade?

Bruna Manes: Verdade, pois lentifica os processos de digestão e inibe a fome excessiva.

O óleo de coco ajuda no processo de emagrecimento?

Bruna Manes: Verdade, mas é válido frisar que ele não faz tudo sozinho, é necessário praticar exercícios físicos regularmente.

O óleo de coco causa a prisão de ventre?

Bruna Manes: Mito, pois ele auxilia na digestão e facilita na passagem pelo intestino.

 

Fonte: assessoria de imprensa