Dia do Chocolate: dermatologistas explicam quais tipos de chocolate fazem mal para a pele

No próximo dia 7 de julho é comemorado o Dia Mundial do Chocolate, mas muita gente ainda tem dúvida quanto aos malefícios que o alimento pode trazer à pele. “Há um mito de que o chocolate é realmente o causador da acne. Eficaz contra o mau humor, além de trazer sensação de bem-estar, o chocolate deve ser consumido com parcimônia; as versões brancas e ao leite devem ser evitadas, por conta da quantidade de açúcar e gordura presente nesses produtos, que podem favorecer a inflamação e envelhecer a pele”, afirma a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Que fique bem claro: o cacau não causa espinhas. De acordo com a médica, para responder adequadamente a essa pergunta, é necessário observar a lista de ingredientes da barra de chocolate. “Isso por que o cacau em si é um alimento extremamente benéfico e que não está relacionado ao surgimento ou piora da acne, pelo contrário: esse ingrediente é um aliado da saúde e da pele”, diz a médica. “Como um poderoso antioxidante que ajuda a promover luminosidade e hidratação, o cacau contém flavonoides, fitonutrientes com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que auxiliam na proteção aos danos dos raios UV, prevenindo as rugas e combatendo os radicais livres. Isso ajuda a deixar a pele mais brilhante e saudável”, afirma a dermatologista.

De acordo com o dermatologista Dr. Daniel Cassiano, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o chocolate amargo não causa espinhas, ao contrário do que muitos acreditam. “Na verdade, o contexto alimentar do paciente é mais importante para definir se a alimentação terá uma influência positiva ou negativa na sua pele, com aparecimento de inflamações ou aceleração do envelhecimento. Mas sabemos que, devido à alta concentração de cacau em sua fórmula, o chocolate amargo – desde que ingerido sem excessos – pode ser, na verdade, um aliado da saúde da pele, pois contém propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias”, destaca o dermatologista.

Onde mora o problema. No entanto, o cacau é de gosto amargo, por esse motivo para deixá-lo mais palatável, a indústria adiciona açúcar e gorduras no chocolate. “E alimentos ricos em gorduras, açúcares e hidratos de carbono, como os chocolates ao leite e branco, têm alto índice glicêmico. Muitos estudos sugerem que a alta carga glicêmica na dieta habitual está envolvida com a ocorrência e gravidade da acne vulgar em pacientes predispostos, na medida em que favorece o aumento da secreção sebácea e desenvolvimento de acne. A gordura e o leite presente em chocolates podem colaborar também para o agravamento do quadro”, explica a dermatologista.

Estudos realizados pela Universidade de Miller School of Medicine, em Miami (EUA), mostraram que as pessoas que comeram mais chocolate (branco e ao leite) tiveram aumento de acne e da inflamação na pele. O consumo excessivo de alimentos com alto índice glicêmico também está ligado à oxidação das células. “Nosso organismo está acostumado a lidar com radicais livres, mas quando há uma produção exagerada deles o nosso sistema antioxidante natural não é capaz de combater. Como resultado, sofremos com alterações nas funções das células, até mesmo no DNA celular, e isso culmina no envelhecimento precoce, com aparecimento de manchas, rugas e flacidez – pela perda de função das proteínas de sustentação”, explica o dermatologista Dr. Daniel Cassiano, membro da SBD.

“Na dieta, alimentos de alto índice glicêmico, como carboidratos, farinhas e açúcares, são rapidamente digeridos pelo organismo e transformados em glicose no sangue, provocando assim um pico de glicemia. Para reequilibrar esse alto nível de glicose no sangue, o organismo aumenta a produção de moléculas que podem se transformar em radicais livres. Se o consumo excessivo de carboidratos é constante na alimentação, ocorre um processo denominado como estresse oxidativo, que desencadeia mais problemas, ao ativar diversas vias inflamatórias no organismo e contribuir para a inflamação crônica”, explica o dermatologista.

Chocolates recomendados são os amargos ou meio-amargos. Chocolates com mais de 50% de cacau e o padrão ouro (com mais de 70%) fornecem os benefícios antioxidantes dos flavonoides do cacau e podem ser ricos em vitamina C, vitamina E, cálcio, fósforo, ferro, potássio e sódio. “Essa é a realmente a melhor opção, já que traz menos quantidade de carboidratos e açúcar, além de contar com ação antioxidante e anti-inflamatória. As versões deste chocolate com oleaginosas trazem mais benefícios e nutrientes, principalmente para pacientes com pele seca”, diz. Mas atenção à dose: 30g ao dia é o recomendado – portanto uma barra de chocolate (90g geralmente) pode ser consumida, em média, em três dias.

Fuja dos chocolates ao leite e branco. “O ideal é evitá-los, pois possuem mais gordura e açúcar, ambos envolvidos com o processo de inflamação e aceleração do envelhecimento da pele”, explica. Pacientes de pele oleosa devem evitar também esse tipo de chocolate principalmente se ele ainda tiver amendoim e castanhas, que trazem mais gorduras saturadas (e muitas vezes mais açúcar) para a pele e as glândulas serão as responsáveis por excretar este acúmulo de gordura. “Além disso, sabemos que alimentos com alto índice glicêmico são mais inflamatórios levando ao estresse oxidativo e glicação”, diz a médica.

E, claro, mantenha uma boa rotina skincare. Se você tem tendência à acne ou a desenvolver oleosidade, o ideal é evitar o consumo excessivo de chocolates mais gordurosos e ricos em açúcar. Mas, além disso, não esqueça da rotina skincare. Existem produtos especialmente desenvolvidos para esse tipo de pele que podem evitar oleosidade excessiva.

Na hora da limpeza, o Sabonete com Ácido Glicólico, da Be Belle, pode ajudar. Com Ácido Glicólico a 10%, o produto promove um tratamento de renovação celular intensiva higienizando com ação esfoliante, transformando a textura da pele, deixando-a mais lisa, com relevo uniforme, hidratada e mais iluminada. A esfoliação pode vir na sequência com esfoliantes mais naturais, como o Tribeca, da B.URB, que ajuda a renovar as células da pele, melhorando o aspecto. Formulado com matérias-primas naturais, ele é capaz de remover impurezas e células mortas da pele, desobstruindo os poros e ajudando na renovação celular.

Fonte: assessoria de imprensa