Crianças e ultraprocessados: o alerta que não pode ser ignorado
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Nesta semana,  o Idec (Instituto de defesa dos consumidores) trouxe um alerta importante: algumas empresas e profissionais de comunicação estão estimulando o consumo de alimentos ultraprocessados por crianças, assim colocando em risco a saúde do público infantil.
A denúncia do Idec reforça a necessidade de uma comunicação com informações claras e precisas dos alimentos ultraprocessados em relação à saúde, principalmente das crianças.
É compreensível que, diante da correria do dia a dia, muitos pais busquem soluções rápidas para a merenda escolar. No entanto, é fundamental lembrar que devemos fazer nossas escolhas alimentares não apenas pela praticidade, mas principalmente pela qualidade nutricional dos alimentos oferecidos às crianças.
Afinal, a má alimentação e o excesso de ultraprocessados estão entre as principais causas do aumento do sobrepeso e da obesidade no Brasil. Esses produtos ricos em açúcar, sal e aditivos não oferecem valor nutricional, representando riscos à saúde. Ler os ingredientes é essencial para identificar aditivos, gorduras,  teor de sódio e de açúcar.
O consumo de dois copos de refrigerante, por exemplo, aumenta o risco de problemas circulatórios, segundo o estudo do European Prospective Investigation on Cancer and Nutrition (EPIC).

 

No geral, os alimentos ultraprocessados possuem sabor mais agradável e um grande prazo de validade, mas são pobres nutrologicamente e ricos em calorias, gorduras e aditivos químicos, favorecendo então a ocorrência de deficiências nutricionais, doenças do coração, diabetes, colesterol e obesidade. São exemplos as bolachas, guloseimas, sorvetes, bolos, carnes como salsichas e produtos congelados e prontos para o consumo, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Comer de forma saudável é uma questão de escolha e de autocuidado. De nada adianta recorrer a remédios sem tratar as causas das doenças. Afinal, muitas vezes as enfermidades poderiam ser prevenidas com uma alimentação equilibrada e com “comida de verdade”.