Caqui brasileiro em alta: exportações crescem 31% em 2024
Caqui
Quem resiste a um bom caqui? Para os amantes da fruta, vale lembrar: até junho, ela está em plena safra. Assim, podemos encontrar a fruta mais facilmente, com mais qualidade e preços mais baixos.
E já que estamos falando de caqui, vale destacar também o seu impacto econômico. No ano passado, a produção paulista alcançou 71,5 mil toneladas. As exportações somaram mais de US$ 805 mil, representando um crescimento de 31% em relação ao ano anterior.
Responsável por metade da produção nacional de caqui, o estado de São Paulo também é referência nas exportações. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), São Paulo produziu mais de 71,5 mil toneladas de caqui em 2024. As exportações cresceram 31,3%, de US$ 613 mil em 2023 para US$ 805 mil. Só no 1º trimestre de 2024, o faturamento já soma cerca de US$ 196 mil.
Um dos motivos que explica o aumento da receita está relacionado diretamente à disparada do dólar frente ao real. Em dezembro do ano passado, a moeda norte-americana bateu recorde histórico, chegando à marca de R$ 6,30.
“O produtor rural que exporta a fruta acaba se beneficiando, já que o dólar é utilizado como câmbio na comercialização. A variação da moeda, no período, foi positiva em 27,3% no ano, o que favoreceu a receita das exportações de caqui, uma vez que os aumentos foram, além dos valores, também de 24,6% nas quantidades embarcadas da fruta”, ressaltou a pesquisadora do IEA, Marli Mascarenhas.
Os principais destinos de envio do caqui paulista, em 2024, foram para o Canadá (68,7 t), seguido pelos Países Baixos (64,4 t) e pelos Estados Unidos (40,4 t), respectivamente.
“Graças ao porto de Roterdã, porta de entrada estratégica do agro brasileiro na Europa, os Países Baixos formam um dos principais destinos para as frutas produzidas no Brasil. Ficamos contentes em saber que o caqui está tendo uma aceitação cada vez maior na Europa, uma vez que não se trata de uma fruta tradicionalmente importada”, enalteceu o assessor do Departamento Agrícola da Embaixada dos Países Baixos em Brasília, Ramon Gerrits.
O município de Mogi das Cruzes, localizado no Alto Tietê, é considerado como a “Terra do Caqui”, com uma área de 1.484 hectares, em 468 propriedades onde se cultivam as variedades Fuyu, Giombo e Rama Forte, com uma produção estimada em cerca de 50 mil toneladas. Já a cidade de Pilar do Sul, na região de Sorocaba, se destaca na exportação da fruta.
Fundada em 2014, a Cooperativa Agroindustrial APPC comercializa diversos produtos agrícolas, inclusive o caqui Fuyu e o Rama Forte. “Com foco na qualidade, exportamos para diversos mercados internacionais, incluindo Canadá, países da Europa (Suíça, Espanha, Inglaterra, Portugal e Países Baixos) e Nações do Oriente Médio”, destacou o diretor-geral de comunicação da APPC, Felipe Reis.
Para o diretor da cooperativa, o aumento da moeda americana proporcionou um rendimento financeiro significativo aos exportadores. “A valorização do dólar contribuiu para o aumento do faturamento nas exportações, o que nos permitiu oferecer uma remuneração mais justa aos produtores. Isso se tornou um importante incentivo para que continuem investindo na produção de frutas com alto padrão de qualidade”, frisou Felipe Reis.

Fonte: assessoria de imprensa