O Festival do Queijo Minas Artesanal acontece em 27 e 28 de julho, na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, e vai reunir produtores das sete regiões reconhecidas pelo Estado de Minas Gerais: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro e Triângulo.

Durante o festival, sete chefs mineiros apresentarão pratos elaborados com a iguaria, que já conquistou premiações internacionais. Cada chef representará uma região produtora. Tanto os pratos quanto os queijos estarão à venda no evento. Também haverá cursos e oficinas sobre a conservação correta do produto, harmonização com outros alimentos e como identificar o legítimo Queijo Minas Artesanal de leite cru.

Outros produtos mineiros de alta qualidade, como cafés, azeites, cervejas artesanais, cachaças, vinhos e mel poderão ser degustados e comprados pelo público. A programação inclui rodadas de negócios, apresentações musicais, dentre outras atrações. O festival é uma realização do Sistema FAEMG e do Sebrae Minas.

Novos mercados

Minas Gerais sempre foi reconhecida pela qualidade dos queijos artesanais, mas, os produtores têm agora a oportunidade de ampliar seus negócios. Ricardo Boscaro, analista do Sebrae Minas, explica que o queijo, que era vendido como uma commodity, vem conquistando novos mercados, e se tornou um produto gastronômico.

Os estabelecimentos especializados têm investido cada vez mais em queijos artesanais para atrair a clientela. Esse novo cenário só se tornou realidade quando os produtores perceberam que não bastava curar o queijo e vendê-lo, segundo Boscaro. “O consumidor quer mais, ele deseja conhecer a identidade daquilo que leva para casa. É preciso contar a história do produto – de onde veio, como é produzido, quem o faz, dentre outras particularidades”.

Fortalecer a identidade dos queijos mineiros, agregando valor e impedindo que outros produtos de características semelhantes sejam vendidos como se fossem produzidos nas regiões de origem é a estratégia do Sebrae para garantir melhor posicionamento para os pequenos produtores no mercado.

Reconhecimento mundial

O Queijo Minas Artesanal está entre os melhores do mundo.  No último mês de junho, os produtores mineiros levaram para casa 51 medalhas na quarta edição do Mondial du Fromage, o Mundial do Queijo, realizado na cidade de Tours, na França. Foram três medalhas superouro, quatro de ouro, 20 de prata e 22 de bronze, número muito superior ao de medalhas conquistadas em 2017: uma superouro, uma de ouro, sete de prata e três de bronze.

Tradição

O processo de preparo do Queijo Minas Artesanal tem sido transmitido entre gerações desde o século XVIII. A tradição surgiu no ciclo do ouro, quando não era possível aproveitar toda a produção do leite in natura, uma vez que não havia sistemas de refrigeração e a logística era precária. Para conservar o leite, os produtores começaram a fabricar o queijo.

No início, os queijos eram produzidos apenas para consumo familiar. A melhoria genética do rebanho resultou em aumento da produção e as sobras começaram a ser vendidas. Com o tempo, o produto se tornou indispensável ao comércio local. “Hoje, a atividade é a principal fonte de renda de 20 mil produtores em 600 municípios mineiros”, afirma o superintendente técnico da FAEMG, Altino Rodrigues Neto.

O modo artesanal de fabricação do queijo à base de leite cru nas regiões da Serra da Canastra, Serro e Serra do Salitre é registrado, desde 2008, como patrimônio imaterial brasileiro. O reconhecimento foi concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a partir de uma demanda levantada pelos próprios produtores, em 2001.

Festival do Queijo Minas Artesanal 2019

27 de julho (sábado): das 10h às 22h
28 de julho (domingo): das 10h às 20h
Serraria Souza Pinto – Av. Assis Chateaubriand, 809 – Centro – Belo Horizonte
Ingressos antecipados a preço promocional: https://www.sympla.com.br/festivalqma

Fonte: assessoria de imprensa