Quando o assunto é pele, o colágeno é o protagonista, afinal, é uma estrutura fundamental para a firmeza, elasticidade, viço e hidratação do tecido cutâneo. Isso sem falar nas suas diversas outras funções no organismo, como manutenção da saúde dos ossos e das articulações. Mas produzir colágeno não é uma tarefa tão simples e envolve outros nutrientes, como o silício.
“O silício é um elemento químico, o segundo elemento mais abundante na crosta terrestre, atrás somente do Oxigênio. Compõe inúmeras estruturas minerais como argila, granito, quartzo e areia, onde se encontra na forma de dióxido de silício, conhecido como sílica e silicatos. Mas é também um nutriente essencial que podemos obter por meio da dieta ou da suplementação”, explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia.
“Conhecido como um ‘cimento natural’, o silício colabora com a síntese de colágeno, elastina e a formação de glicosaminoglicanos que compõem a matriz extracelular dos tecidos conjuntivos. Assim, qualquer tecido do organismo que depende de colágeno é beneficiado pelo silício, como cartilagens, artérias, pele, cabelo e unha”, explica Patrícia França, farmacêutica e gestora científica da Biotec.
A questão é que, com o processo de envelhecimento, há uma perda importante de silício no organismo. Assim, gerando uma série de alterações no metabolismo ósseo, nos vasos, nas artérias, na pele, nos cabelos e nas unhas. Por isso, a reposição desse nutriente é fundamental.
“O silício até podemos encontrar em alimentos. Ele está presente em vários grupos alimentares como frutas (maçã, laranja, manga, banana), legumes (couve, repolho, cenoura, cebola, pepino, abóbora), oleaginosas (amendoim, amêndoas), cereais (arroz, milho, aveia, cevada, farelo de trigo) e frutos do mar. Mas o silício nem sempre oferece boa biodisponibilidade devido à ação enzimática que resulta em sílica ou silicato”, diz a Dra. Marcella. E segundo a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, durante o envelhecimento, em paralelo à redução de síntese de colágeno pelos fibroblastos, há a redução da absorção do silício na dieta.
“Estes fenômenos contribuem para a redução do colágeno, deixando a pele compactada e com rugas”, diz a médica.
Então, para uma reposição eficaz, recomenda-se a suplementação.
“Os nutracêuticos são fórmulas extremamente benéficas, potencializam e muito a ação do tratamento tópico e tecnologias, ajudando a hidratar e recuperar a membrana de água e gordura sobre a pele, além de estimular a elasticidade das fibras de colágeno e elastina”, explica a dermatologista. A suplementação de silício deve ser feita na forma de ácido ortosilícico (silício orgânico), estabilizado em proteína para facilitar a absorção.
“O ideal é que o silício esteja estabilizado em colágeno hidrolisado para garantir biodisponibilidade e absorção pelo organismo. A estabilização impede a polimerização, fazendo com que a molécula de Silício fique protegida”, diz Maria Eugênia Ayres, farmacêutica e gestora farma da Biotec. Pode-se fazer a suplementação com Exsynutriment, silício orgânico de Mônaco estabilizado em colágeno marinho e único no mercado. Assim, desenvolvido através de um método de fabricação original, com registro sob uma patente internacional.
“Através deste método permitiu-se a criação de ligações de hidrogênio entre um hidrolisado de colágeno e o ácido ortosilício (silício) em solução. Estas ligações são estáveis e não deixam acontecer as polimerizações quando ocorre a secagem do produto. Assim, é possível assegurar a biodisponibilidade do Silício Orgânico dentro do organismo”, destaca Patrícia.
Estudos mostram que o silício orgânico é capaz de promover a formação de colágeno e elastina e fortalecer o tecido conjuntivo. De acordo com evidências, a suplementação de 600mg/dia de ácido ortosilícico estabilizado em colágeno marinho Exsynutriment por 90 dias tem um efeito rejuvenescedor da pele, com melhora significativa da textura, firmeza e hidratação.
“Além disso, também temos trabalhos que comprovam que o silício é capaz de aumentar a resistência e espessura das fibras das unhas e dos cabelos e até reduzir o risco de alopecia. Em estudo, a suplementação de 30mg/dia de ácido ortosilícico por cinco meses melhorou a qualidade do cabelo em 83% e acelerou o crescimento dos fios em quase 40%”, diz Patrícia França.
Além dos efeitos na pele e nos cabelos, o silício também está envolvido na modulação da resposta imune e inflamatória. Além de melhorar o funcionamento dos ossos e articulações, está associado à saúde mental e tem efeito quelante e antioxidante, reduzindo a deposição de metais pesados.
“O silício também é uma estratégia para maximizar a ação de procedimentos estéticos para flacidez. Isso porque é capaz de melhorar a qualidade dos vasos sanguíneos, acelerar a cicatrização e aumentar a densidade das fibras de colágeno e elastina, com consequente melhora da espessura e das propriedades tensoras da pele, que passa a responder melhor ao efeito dos tratamentos”, afirma Maria Eugênia.
Segundo a farmacêutica bioquímica e industrial Maria Aparecida Mariosa, executiva do Núcleo de Nutrição da Biotec e especialista em Manipulação Magistral, o ideal é que a reposição de silício orgânico seja iniciada a partir dos 20 anos, momento em que a concentração do nutriente no organismo começa a reduzir.
“De maneira geral, na forma alimentar, recomenda-se a ingestão de 15 a 50mg de silício por dia. No entanto, como suplemento dietético, as doses são bem maiores e devem ser consumidas a partir de indicação médica. O silício orgânico estabilizado em colágeno marinho Exsynutriment pode ser utilizado de 150 mg a 600 mg ao dia. A dosagem pode variar dependendo da idade e estado nutricional do paciente”, diz a farmacêutica.
E ainda pode-se incorporar o silício na fórmula dos cosméticos para utilizar diretamente na pele.
“Temos, por exemplo, o ativo Algisium C, que é um ativo orgânico derivado do silício que possui várias funções. Assim, como propriedade de regenerar fibroblastos, combater a perda de elasticidade cutânea, estimulando a síntese de colágeno e elastina. Além de ação anti-inflamatória, antirradicais livres e antiedema”, finaliza Maria Eugênia.
Fontes:
*Biotec: Biotec disponibiliza às farmácias magistrais, à área dermatológica e de medicina estética os mais modernos e inovadores conceitos de beleza e matérias-primas. A empresa busca associar às tendências mundiais à realidade do consumidor brasileiro, cada vez mais exigente e sedento por novidades que ofereçam qualidade de vida e bem-estar. Instagram: @biotecmagistral
*Dra. Claudia Marçal: Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP, speaker de laboratórios globais de dermocosméticos e de fabricantes de equipamentos. CRM: 78980 / RQE: 31829. Instagram: @draclaudiamarcal
*Dra. Marcella Garcez – Médica nutróloga, Mestre em Ciências da Saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, Diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e Docente do Curso Nacional de Nutrologia da ABRAN. A médica é Membro da Câmara Técnica de Nutrologia do CRMPR, Coordenadora da Liga Acadêmica de Nutrologia do Paraná e Pesquisadora em Suplementos Alimentares no Serviço de Nutrologia do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Além disso, é membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética e da Sociedade Brasileira para o Estudo do Envelhecimento. Instagram: @dra.marcellagarcez