O consumo de alimentos ultraprocessados vem crescendo significativamente nas últimas décadas, e os impactos vão muito além da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Um estudo apresentado na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) alertou que dietas ricas em ultraprocessados estão ligadas ao acúmulo de gordura na coxa, o que pode favorecer o surgimento da artrose.
Segundo o Dr. Mauro Meyer, gordura nos músculos enfraquece o suporte articular e aumenta o risco de desgaste da cartilagem.
“Melhorar a dieta é essencial para proteger músculos e articulações. O excesso de gordura intramuscular enfraquece os músculos, reduz a estabilidade e sobrecarrega articulações como o joelho, acelerando o desgaste da cartilagem e favorecendo a artrose.”, explica Dr. Mauro.
O que é a osteoartrite e por que os alimentos importam?
A osteoartrite, também conhecida como artrose, é a forma mais comum de artrite e está relacionada ao desgaste progressivo da cartilagem que recobre as articulações. Esse desgaste pode causar dor, rigidez e limitação de movimentos. Idade e genética influenciam, mas o estilo de vida — como sobrepeso, sedentarismo e má alimentação — é decisivo no surgimento da artrose.
Adotar uma dieta pobre em nutrientes anti-inflamatórios e protetores da cartilagem, como cálcio, vitamina D, ômega-3 e antioxidantes, pode acelerar esse processo. Alimentos ultraprocessados, por outro lado, são ricos em gorduras saturadas, açúcares e aditivos químicos, que aumentam a inflamação sistêmica e reduzem a qualidade dos tecidos musculares e articulares.
Dr. Mauro explica que uma dieta com vegetais, frutas, grãos integrais, proteínas magras e boas gorduras ajuda a controlar o peso. Além disso, reduz inflamações e fortalece músculos e ossos. Associar isso à prática regular de exercícios físicos é essencial para evitar a sobrecarga articular e prevenir doenças como a osteoartrite.
Tratamentos e os avanços da cirurgia robótica
Nos estágios iniciais, a osteoartrite pode ser tratada com medidas paliativas, como medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia, perda de peso e fortalecimento muscular. No entanto, nos casos avançados em que o desgaste da cartilagem compromete severamente a mobilidade e a qualidade de vida, a intervenção cirúrgica se torna necessária.
Um dos procedimentos mais eficazes é a artroplastia do joelho, que consiste na substituição da articulação danificada por uma prótese. Com o avanço da tecnologia, a cirurgia passou a contar com o apoio de plataformas robóticas, como o sistema ROSA®, da Zimmer Biomet.
“Os médicos seguem no controle total da cirurgia, mas com o auxílio da robótica conseguimos uma precisão milimétrica no encaixe da prótese, personalizada de acordo com a anatomia de cada paciente. Isso permite menor tempo de internação, menos dor no pós-operatório, menos uso de analgésicos e, em muitos casos, o retorno para casa no mesmo dia da cirurgia, sem necessidade de muletas ou andadores”, destaca Dr. Mauro.
“Além disso, a robótica tem contribuído para aumentar a longevidade das próteses e a qualidade do resultado funcional. A avaliação de cada paciente deve ser individual para receber a melhor indicação terapêutica”, conclui.
Fonte: assessoria de imprensa